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Bela acordada
dos sonhos adormecida
cem anos perdida
do seu Príncipe esquecida
passa os dias a esperar

Um dia fugistes da roca
o dedo não quis espetar
agora tão linda menina
não há encanto a quebrar

Sina, destino ou mazela
triste sorte a levar
tocar, dançar, cantar
dia e noite, noite e dia
sem parar

Dona de uma beleza rara
doçura, destreza, nobreza
faceira, delicada, amorosa
só mesmo à uma rosa
eu a posso comparar

Bela Princesa não teima
faça o que vou aconselhar
se entregue aos contos da vida
adormeça nos braços do tempo
quem sabe ao despertar
uma Rainha Bela
vai se tornar

Maria de Fátima Méres de Morais

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