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Mostrando postagens de outubro, 2010

Mesmice

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Anos meses dias horas minutos segundos Transformados: Corpo cor testura forma desenvoltura habilidades capacidades Alma pensamentos sentimentos desejos jeito projetos sonhos alvos realizações frustrações Tudo muda Nada muda Sempre serei EU Do nascer ao morrer Ainda somos os mesmos Maria de Fátima Méres de Morais

Reverso

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Bela acordada dos sonhos adormecida cem anos perdida do seu Príncipe esquecida passa os dias a esperar Um dia fugistes da roca o dedo não quis espetar agora tão linda menina não há encanto a quebrar Sina, destino ou mazela triste sorte a levar tocar, dançar, cantar dia e noite, noite e dia sem parar Dona de uma beleza rara doçura, destreza, nobreza faceira, delicada, amorosa só mesmo à uma rosa eu a posso comparar Bela Princesa não teima faça o que vou aconselhar se entregue aos contos da vida adormeça nos braços do tempo quem sabe ao despertar uma Rainha Bela vai se tornar Maria de Fátima Méres de Morais

Eu Musical

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Sou feita de música tecida de melodia penso harmonia dedos em acordes olhos de sinfonia Música feita de mim melodia entranhada harmonia que penso acordes a dedilhar sinfonia do meu olhar É sempre assim isso não muda Música sou Eu Eu sou Música Maria de Fátima Méres de Morais

Des-arrumação

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Noite-Dia, é Madrugada! olha porta na janela na cozinha no quarto cadeira, mesa, sapato copo, faca, guardanapo cama, sofá, pia, geladeira fogão, frigideira, lixeira travesseiro, ventilador Noite-Dia, é Manhã! máquina de lavar, ferro de passar ármário, escritório, computador relógio, estante, meias, casacos pratos, garfos, caderno, chinelo sabonete, bolsa de maquiagem lustre, martelo, grampeador torradeira, liquidificador Noite-Dia, já é Tarde! jarro, flor, panela, tapete toalha, som, TV, almofada caneta, teclado, quadro, bolsa, cortina, vidro, telhado campainha, lençol, secador espelho, chuveiro, cobertor Noite-Dia, já é Noite! guarda roupa, escada pente, escova, perfume, fitas, vídeos, carro telefone, fotos, cachorro rede, árvore, quintal jardim, piscina, colchão camisola, livro, violão colcha de retalho, revistas Noite-Dia, já é Dia! Maria de Fátima Méres de Morais

ARAÇARI

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Araçari é pássaro compositor implica com Beija-Flor é primo de Azulão Seu rito é bem faceiro da nó em violeiro Quero-quero e Carcará Amanhece sempre a chamar: Abelharuco Agapórnis Agarpone Águia Albatroz Andorinha  Araponga Arara Ararajuba Ave do Paraíso Ave Lira Soberba Barnacla Batuiruçu Bavete Bengalin Mosqueado Bentevi Bico de Lata Bico Grossudo Bico Virado Bicudo Bigodinho Cacatua Calafate Calau Calopsita Canários Carará Cardeal Carricero Cauda de Vinagre Cegonha Cisne Coleirinha Condor Cordonbleu Coruja Corvo Cuco Curió Dendroica Diamante Gold Dom Fafe Dominó Esplêndido Estorninho  Face Carmesim Faisão Falcão Flamingo Fragata Gaio Gaivota Galinha D'Água Galo da Serra Garça Garriça Gaudério Gavião Gralha Granatina Íbis João de Barro Juriti Lorys Maçarico Maina Mandarim Manon Martim Pescador Melro Metálico Modesto  Papa Mosca Papagaio Pardal Pássaro Gato Pássaro Preto Patativa Pelicano P

AQUELA ÁRVORE

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Aquela árvore  Segredos Deus Vida folhas, flores - Primavera ninho sustento larvas, lagartas pássaros, borboletas seres sem conta nascer renascer transformar brisa no ar frutos maduros - Verão sombra fresca aconchego calmaria descanso encanto mormaço maresia folhas secas - Outono terra proteção esconderijo abrigo lar camuflagem sobrevivência coerência companhia ventania galhos - Inverno solitários quebradiços retorcidos dor sofrimento frio desalento Quem contempla  aquela árvore logo pensa: acabou sua história aqui termina só não imagina o ciclo completou É hora de recomeço aquela árvore voltou! Maria de Fátima Méres de Morais

Areias da Vida

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Só em meio a multidão Observo corpos perpassando Mãos esbarrando nunca se tocando Respiração ofegante Sinto o pulsar dos corações Gritos sufocados Almas entre abertas Cantos sem poesia Vazios, infindos, profundos "Quasares" da solidão Pressa Correria Agonia Euforia Medo Confusão Olhares zumbificados Passos automatizados Caminhos entrelaçados Rostos desafeiçoados "pobres, cegos, nus" Fluxo neurado Parar, seguir Seguir, parar Carros em mar Gentes em ondas prá lá, prá cá prá cá, prá lá Sonhos quebrados Esperança partida Amores desfacelados Dia a dia Formando  areias da vida Maria de Fátima Méres de Morais

Alegria

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Ainda ontem sai pelas ruas Com jeito de chuva Nuvens na bolsa Sorriso de sol entre montanhas Andar brisa de mar Olhar roseira em flor Nos cabelos vento de outono Pulseiras e brincos de luar Sonhando com a floresta encantada das histórias de "Era uma Vez..." que cresci a escutar Gosto de araça Ninho de sabiá Rastro de trovão Caminhos de gaivota Adormeci no barranco Ouvindo a cigarra cantar Maria de Fátima Méres de Morais

CAMINHO

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Um caminho de caminhar Único, inconfudível Construido a medida que se vai caminhando Não tem volta, não tem fim Só começo Sempre novo, não se repete Em cada passo uma descoberta inusitada A medida que se avança vai ficando mais difícil de se distinguir o caminho do caminhanate É dinâmico Contagiante Sua constante é gerar vida Perigoso só para quem o trilha sem coração de guerreiro Produz verdadeiros companheiros O tempo se perde sem alento neste eterno caminhar No caminho tem alimento pro corpo e prá alma Luz, fogo e água Perseverança e calma Amor profundo Cálice de comunhão E até nos momentos de solidão Consolo, abrigo e coragem Braços erguidos de gratidão Caminho sem perguntar tendo sempre apenas a certeza de sempre caminhar Maria de Fátima Méres de Morais

PAI

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Dai-me sorriso que expresse alegria abraço caloroso e consolador Que minha companhia seja verdeiro ninho abrigo fraterno de amor Se lágrimas brotarem, que sejam sinceras E a dor do meu semelhante seja minha também Que eu não tenha vergonha que as crianças imitem meus gestos Quero ser cumplice da bondade e da caridade Guiada de certezas carregadas de humildade prá reconhecer e respeitar as certezas do "outro" A família nosso bem maior e verdadeiro celeiro de esperança, consolo e amor E cada amigo um grande tesouro bem compartilhado em todas as situações Que o mundo que estamos construindo partindo de cada mundo menor e particular tenha começo, meio mas nunca  fim Perdoa nossa humanidade, tão contraditória incapaz de compreender sua grandeza nos seus singelos e imensos gestos de amor Maria de Fátima Méres de Morais

O Sonho e o Pão

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Altas horas da noite, o homem se esquece do tempo lendo e relendo seus alfarrábios Sob a luz da lamparina, nada o amofina é prazeroso o seu quinhão Na cama mal arrrumada, dorme quase desmaiada a esposa do sonhador Lutadora incansável, seu trabalho é constante: cozinha, costura, lava e passa, prá ganhar alguns trocados garantido assim o pão das crianças Leva uma vida danada a pobre coitada, não tem tempo prá nada, a não ser ganhar o pão Os credores vivem na sua porta cobrando e ameaçando até a casa tomar O sonhador nem se importa, vive na escrivaninha engenhando suas histórias, sonhando em ser um famoso escritor Enquanto isso, Maria se vira como pode prá manter a casa e ter, no minímo, o pão de cada dia Perdido nas linhas dos seus poemas o sonhador esquece de viver a sua própria história de amor Amigo dos versos, frequentador de buteco o sonhador a vida assim gastou Maria bem que brigou, gritou, xingou, mas nada adiantou O sonhador arrumava sempre u

VIDA SOLTA

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Qualquer dia, toda hora No momento, folhas ao vento São como alento, caindo em minhas mãos É verdade, são mentiras É medo, vai coragem Bicicleta sem freio, joelho ralado no chão Apego, afetos, palavras Balanços, girando Correndo, dançando Bambolê, desenhos, picolé risos, cochichos, saltando num só pé Enxergar sem ver, ouvir e entender Falar sem dizer, ler corações Entrepassos, espaços, laços Fontes do acaso, bolinhas de sabão Maria de Fátima Méres de Morais

Rotina

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O dia escorre pela janela Entre louças, talheres e panela Crianças correndo, gritando cachorro chorando, querendo comida Olha a briga, para menina, devolve prá ele Sentimentos, senssações, dor de cabeça... Quanta bagunça!!!!!!!! E pensar que este dia nem começou Catar meias, lavar roupa, guardar coberta Uma música, preciso escutar uma música Áh uma música, só assim dá prá relaxar TV ligada, correria, nossa não vai dá Quanto barulho!!!!!! Crianças parem com isso, vamos estudar Olha o "para-casa" Não, não, não não quero ninguém reclamando Minha nossa, o feijão tá queimando!!! A campanhia tocando Alguém atende por favor!!! Quem era ?  - Era o carteiro   Mais contas e contas... Quando isso vai parar!!!! Crianças tá hora do banho Depressa, depressa voces vão se atrasar Vamos, vamos o almoço tá mesa A "Van" já vai chegar - Beijo mãe Vão, vão logo, não façam o moço esperar Puxa!!!!!! E ainda tem a tarde... Uma montanha de roupa prá pass

Escrita

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Escrevo como quem chama Como quem chora Como quem canta cantigas de ninar Escrevo feridas alegrias horas dias tempo pensamentos sentimentos paixões, luares, mares, sertão Escrevo como quem planta Como quem anda Como quem brinca Como criança Escrevo sementes presentes experiências ou antigas lembranças Escrevo desejos futuros anceios receios amigos questões perdidas saudades, agonias, compaixão Escrevo como quem ama Como quem se encanta Como quem se engana Como sonhador Escrevo existências, carinhos flores destinos Você Escrevo como quem ora Como quem chega Como quem implora Como quem sabe que nunca vai voltar Escrevo fortalezas grandezas esperança morte vida Escrevo Jesus caminho, verdade, razão Maria de Fátima Méres de Morais

Estrela

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Coisas corriqueiras da noite faceira estrela cadente, errante, trapaceira Levou num rompante, toda poesia do luar Roubou meus segredos esparramou-os pelo chão Do pouco que ficou sobrou só ilusão Por onde andará minha estrela ardente cativante, envolvente Me fez saudade, tristeza e desventura Da minha janela só sei te procurar Meu coração só sabe gritar: Por favor minha estrela volte a me iluminar Remendando o que restou pedaços que tento encaixar Prossigo na jornada Perto ou distante a medida de um olhar cem dias ou mil anos o que importa é caminhar Levando sempre a certeza de um dia te encontrar! Maria de Fátima Méres de Morais