Marionetes
Aí que triste são as guerras
dos que lutam inocentes
não percebem a camuflagem
dos que usam suas mentes
perdidos no acreditar
deixaram a casa dos questionamentos
agarrando-se ao medo de pensar
poluindo a bioética
revirando a realidade
e as responsabilidades
ruminando limites
no santuário dos excessos
como adorar a deusa das Justas Medidas
desigualando-se do igual
cedendo as fontes legitimadoras
do ter pelo ter
no ocaso ser
um pertencimento embrionado
ao desvinculado
buscando opções sem escolhas
na escola múltipla dos afazeres des-significados
apropriando-se dos ninhos da eloquência
amarrados aos véus
da mortalha do consumismo
sorriso calado
olhar aficionado
pendularmente levados
Maria de Fátima Méres Morais
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