ANDARES



Por onde andei
Rostos, sorrisos que nunca esqueci
Toques antigos
adornos existenciais
Palavras de inverno ou verão
como antes, como sempre
persistentes, surpresas, variações
mal-ditas ou bem-ditas
cicatrizes, afagos do destino
ramos de fitas presas de sonhos
Distantes olhares
inacabados, guardados
aguardando despertar
Dispersos sentidos
avessados de abraços molhados
doces ilusões
campos minados
guardiões de torres encantadas
debruçadas sobre mares
exímias aldeãs escombradas
Fagulha iluminada
clareadora, ofuscante
In-valoradamente transpassa
apegada ao seu algoz
Recortes esparramados
catalisados, rejetos da alma
Pálidas sombras
sublimes, irreversíveis
desdobramentos constantes
nos perfis da vida.





Por: Maria de Fátima Méres Morais

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