Dança do Vento
Levada pelas brumas soprada entre nuvens esquecida do tempo rendida ao vento Cálida exaurida estarrecida chuva fina me apavora sombras da memória entre flores e capim Pena solta em redemoinho sigo calma o meu destino não fujo não grito vou enfrente água corrente tranquila e transparente Como um barco negreiro transporto prisioneiros sentimentos escravos arrastados amordaçados vendidos sem compaixão exilados no coração Dias a fio Noites a dentro matriz em construção forjada pelo capricho do Eterno Artesão Maria de Fátima Méres de Morais