ACALANTO
Vento que sopra em meu rosto Caminhos que levam ao coração Sonhos distantes trazidos em Gondolas Envoltos em teias da minha razão Corpo doido Águas que marcam Que mutilam Amargas lembranças Doces ilusões Mãos que me tocam sem braços Me arrancam suspiros Me fazem chorar Um eterno ir e voltar Sem deixar, sem levar Longe sombreiros da vida Amigos ou inimigos dos nossos desatinos São laços cortantes Pensamento errantes Cobertos de instantes Um grito, uma agonia Um simples respirar Maria de Fátima Méres de Morais